Agronegócio: exclusão de óleos vegetais da alíquota zero gera reações
A exclusão de vários óleos vegetais comestíveis da alíquota zero na Reforma Tributária, aprovada em novembro, tem causado forte reação no setor. A medida, que mantém a isenção fiscal apenas para óleos de soja, milho e babaçu, exclui alternativas como algodão, girassol, coco, palma, amendoim, linhaça, canola e dendê. Essa mudança prejudica indústrias que utilizam esses óleos na produção de alimentos e biocombustíveis.
A medida pode gerar um aumento na procura pelo óleo de soja, devido ao seu preço mais atrativo, consequência da isenção fiscal. Como a soja é amplamente utilizada na produção de biocombustíveis, essa mudança pode afetar tanto o mercado alimentício quanto o energético, criando pressão sobre a oferta.
Com as emendas que estão sendo analisadas no Senado, existe a expectativa de que a lista de produtos isentos seja expandida. Enquanto isso, associações do agronegócio, da indústria alimentícia e grupos de defesa do consumidor intensificam esforços para reverter a decisão tomada pela Câmara.
A reforma tributária, que visa simplificar o sistema de impostos no país, enfrenta agora o desafio de conciliar incentivos fiscais com a preservação da diversidade alimentar e o fortalecimento das culturas regionais.
Fonte: Sou Agro.net
Transporte Rodoviário de Cargas: Manual de Orientação da CNT
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) lançou um manual de orientação para transportadores rodoviários de cargas. O material ajuda os empresários a registrarem reclamações e denúncias sobre problemas com o biodiesel, seja via ANP ou CGU. Essa medida visa garantir que os problemas enfrentados pelo setor sejam oficialmente registrados e tratados.
Nos últimos meses, multiplicaram-se relatos de empresas colocando em suspeição o uso de biodiesel, que, no Brasil, é misturado ao diesel fóssil em teor de 14%, ao passo que, internacionalmente, costuma-se praticar a porcentagem de 7%. Além de formação de borra no tanque e entupimento de bicos injetores, os transportadores falam em comprometimento da potência do veículo e diminuição da vida útil das peças.
Comunicar essas ocorrências aos órgãos responsáveis poderá subsidiar futuras políticas públicas concernentes ao uso de combustíveis alternativos. Canais como o Fale Conosco (ANP) e a Ouvidoria (CGU) permitem o registro de quaisquer informações, reclamações ou denúncias.
Acesse o manual com o passo a passo para o registro de reclamação junto a ANP e CGU
Fonte: Sintropar
Indústria: confiança no setor cresce nível desde 2022
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o Índice de Confiança do Empresário Setorial, que aponta que 27 dos 29 setores industriais estão otimistas com o futuro da economia. Esse é o maior índice de confiança registrado desde outubro de 2022. A pesquisa revelou um aumento na confiança de 14 setores e uma queda em 13.
Em quatro dos setores nos quais o indicador aumentou, o índice ultrapassou a marca dos 50 pontos.
- biocombustíveis;
- móveis;
- madeira;
- produtos de borracha.
Por isso, o total de setores confiantes passou de 23, em outubro, para 27, em novembro.
Nas indústrias de grande porte, o indicador continua no mesmo patamar observado no mês anterior, de 54 pontos. Nas de médio porte, registra 52,8 pontos (- 0,1 ponto). Já nas empresas de pequeno porte, o índice saiu de 51,9 pontos para 51,5 pontos.
No recorte geográfico, apenas o ICEI da região Sul aumentou (+ 2,2 pontos). Nas regiões Norte e Nordeste, o indicador caiu 2,3 pontos e 0,8 ponto respectivamente. Já para as indústrias do Sudeste e no Centro-Oeste, a CNI indica que a confiança ficou praticamente estável.
Fonte: CNI (Confederação Nacional das Indústrias)